Retrato o irretratável. Situação incômoda, bichopezeira! Um cutuco que não coça, arde. Invariavelmente me invento. Interpelo o caminho. Mas agora que aprendi esperar o tempo, retrato o irretratável. Confundo o inconfundível.
Logo de manhã penso nele. Essa diretriz é o desconforto. Corre-me nas veias o sangue alheio. Mandam-me seguir. Mandam-me parar. E eu, mando-me o quê? Nesses dias de mudança meus ouvidos se intercambiam. E eu não escuto nada. Apenas vejo. Vejo caminhos. Vejo luzes. Vejo sombras. Veja bem: um só instante não é a eternidade? Se meu relógio parou de bater, dêem-me corda!
Logo de manhã penso nele. Essa diretriz é o desconforto. Corre-me nas veias o sangue alheio. Mandam-me seguir. Mandam-me parar. E eu, mando-me o quê? Nesses dias de mudança meus ouvidos se intercambiam. E eu não escuto nada. Apenas vejo. Vejo caminhos. Vejo luzes. Vejo sombras. Veja bem: um só instante não é a eternidade? Se meu relógio parou de bater, dêem-me corda!
Mas, fale-me mais. Fale-me mais da poesia. Fale-me mais do poema. Fale-me mais do poeta. Fale-me da intercomposição harmônica do composto elementar que aspiras ao composto elementar que dele exala. O que lhe transmite?
Confundo o inconfundível ao retratar o irretratável. Confundo o irretratável com o retrato do inconfundível. Retrato a confusão inconfundível com o retrato retratado irredutível. Não leio os jornais para não me acostumar com as notícias. Calo-me em mim. Exploro-me.
COPYRIGHT texto Renata Gabriel
COPYRIGHT texto Renata Gabriel
Nenhum comentário:
Postar um comentário