teu cavalo é negro
ó príncipe das marés
como a cor de tua raiz
selvagem
que esfregas em minha pele
com o casco
indecifrável
desse mel negrume
em que atravessas
as marés cheias
de vazios
inabitados
inacabados
implantados
inaudíveis
inacusáveis
irredutíveis
inesperados
desconhecido
príncipe do cavalo negro
de asas brancas
e algas margeantes
teu som é oco
em meu peito
atabaque
que batuca bambo
ao toque manso
dos teus dedos mágicos
e gira negro
como teu cavalo
e voa manco
com tua asa branca
e vibra alto
no teu relinchar
COPYRIGHT texto Renata Gabriel
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário