SOU VERSO?

sou verso?

esse verso que arde em mim
pulsa nu
vibra cru
e me arranca a pele
sem aviso e anestesia

esse?

seria eu um canibal de mim
a preparar um ensopado de palavras
tortas
mortas
inócuas
a inocular o caldeirão fátuo
dessa vida farta de existir?

COPYRIGHT texto Renata Gabriel

Nenhum comentário: