Hoje eu quero morrer.
Porque morrer é viver ao avesso.
Eu sou o avesso das coisas mortas.
Daquelas deitadas nas prateleiras empoeiradas
Sem por quê.
Eu sou o avesso das coisas que não querem.
Sou o contrário das falas que não pulsam.
Sou o caminho cruzado do destino
Onde toda beleza concedida
Não é capaz de despertar amor.
Palavra morta
Avessa ao tempo
Presa nesse lábio de beijar
Para viver e morrer avessa.
COPYRIGHT texto Renata Gabriel

Nenhum comentário: