olha-me.
olha-me assim,
através desta nudez escancarada
que jamais pôde fazer-te reconhecer em ti
cada repetição.
olha-me.
olha-me mais,
que as curvas pela estrada em rugas me causou
é a mesma que te revela espasmos lancinantes.
vê-me.
vê-me inteiro,
e vibra cada manhã ao lado meu
a crispar falidamente o falo de toda recordação.
percebe-me.
e ousa sair de teu próprio ciclo
ao abrir ao mundo teu medo, teu desejo,
teu sonho, teu coração.
olha-te.
vê-te.
percebe-te.
sou eu o teu pouso e o teu céu.
COPYRIGHT texto Renata Gabriel

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