Essa luz que transborda
À prisão desse vácuo ósseo mortal e fecundo
Sou eu.
Trago comigo o fátuo etéreo e efêmero
Brilhando para os cegos
Cantando vou.
Pingos brandos brotam de minha janela
No sacolejo do dia
E o sol se esconde.
Grande monarca dum país sem trono e sem súditos
Coroado por um soluço do tempo
Intitulado acaso.
Caminho no bambo dessa corda flácida
Evitando olhar para trás
Pendurada no alto dessa tenda trágica
Desse circo mágico
Irreal.
Como a trágica magia flácida de carnaval
Vou eu.
COPYRIGHT texto Renata Gabriel
foto em copyleft na web
Nenhum comentário:
Postar um comentário