chuva do caju

o que fazer se sou verborrágica, prolixa e inconstante?
de que cor me vês senão pela transparência do meu olho de vidro?
chove caju sobre meu telhado
neste ano completo
de um outubro passado
piraoba da tantos maios
tantos bispos
e rosários
loucos bordados
no tempo da vida
que transmita aura
e transfere lida
porque 'louco é um vivo carregado por um morto'
e morta é a chuva que seca a esquina
de meus versos sem cor
sem calço, sem rima.

'um dia eu simplesmente apareci.'
COPYRIGHT texto Renata Gabriel
Alusão à obra de Bispo do Rosário

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